sábado, 2 de maio de 2009

BOA NOITE E BOA SORTE, É SHOW DE HISTÓRIA


História do Presente, é assim como descrevemos os processos de estudo dos fatos e acontecimentos recentes da história da sociedade humana. Recentemente um filme de Clooney "balançou" os professores de história quanto a sua dinâmica narrativa, sem citarmos a plástica do mesmo filme e sua direção.

Boa Noite e Boa Sorte, é nossa indicação para este longo feriado. Destina aos alunos do Terceiro Ano que logo estarão estudando a Guerra Fria e todas as suas propriedades.

Um pouco de Clooney e de seu pai.

Clooney é filho do apresentador de televisão estadunidense Nick Clooney e acompanhava o pai nos estúdios desde os cinco anos de idade. Para evitar a competição com o pai, George Clooney abandonou seu emprego de jornalista televisivo e começou a trabalhar como ator quando seu primo, Miguel Ferrer, lhe conseguiu um pequeno papel num filme.
A seguir começou a atuar na televisão, chegando ao auge do sucesso com o seriado ER interpretando o Dr. Doug Ross, o qual abandonaria em 1999 para começar uma carreira mais efetiva no cinema. Participou do episódio de despedida de sua colega Julianna Margulies em 2000. Em 2009, George retornou à série em sua última temporada para mais uma participação especial.[1] Entre seus filmes mais conhecidos estão: Três reis, Onze homens e um segredo, O amor custa caro, Solaris, Batman & Robin e Syriana, pelo qual ganhou o Globo de Ouro e o Oscar de melhor ator coadjuvante. Além de atuar em frente às câmeras, dedica-se, esporadicamente, ao trabalho de diretor, como nos filmes Confissões de uma mente perigosa e em Boa noite e boa sorte, pelo qual foi indicado ao Globo de Ouro e ao Oscar de melhor diretor em 2006. Apesar de ter uma carreira promissora em filmes bastante comerciais, decidiu investir em projetos ousados e com temáticas sociais como o filme Syriana.

Nicholas "Nick" Clooney (Maysville, Kentucky, 13 de janeiro de 1934) é um jornalista, profissional de TV e político estadunidense. É irmão da cantora Rosemary Clooney e pai do famoso ator George Clooney.
Como jornalista, ele tem escrito desde 1989 para jornais como regionais The Cincinnati Post e The Kentucky Post, sobre temas variados: política, viagens e história estado-unidense.
Como profissional de TV ele é apresentador (âncora) de noticiários, além de programas de jogos e de fazer aberturas de filmes no canal AMC (American Movie Classics).
Como político, ele se candidatou pelo partido democrata a cargos por seu estado nativo. Tem visões políticas liberais (como seu filho George Clooney) e foi massacrado eticamente pelo candidato republicano Geoff Davis, que usou truques sujos típicos de Karl Rove, mentor intelectual de George Bush. Por exemplo, foram impressos panfletos anônimos dizendo para o eleitorado conservador do Kentucky que Clooney tinha idéias morais de um hippie.

Leia a síntese de:
Georgiana Calimeris 
  Rio, 19 de setembro de 2006 

Em uma narrativa em tom de documentário, o filme Boa-noite e Boa-sorte fala da trajetória de Ed Murrows ao confrontar e questionar os métodos do Senador Joseph Maccarthy, que em 1953, perseguia tudo e a todos que pudessem vir a ter algum contato com o comunismo e com a política de esquerda.
O filme não só documenta um importante período histórico para os Estados Unidos e para a mídia como também narra o dia-a-dia de uma redação de jornal com seus altos, baixos e preços pagos pelos jornalistas para desenvolver o real e bom jornalismo. Clooney consegue dar uma aula de jornalismo impressionante com este filme em todas as nuances sem romantizar nem polemizar o que um jornalista real deve fazer e como cumprir seu dever de reportar sempre a verdade.
A bela fotografia junto a trilha sonora traz um tom nostálgico. No entanto, é apenas uma leve sensação de nostalgia, pois, dentro do filme, percebe-se a clara crítica sobre a mídia massificada e como é fácil se sentir acuado diante da artilharia de alguém com poder. Ed Murrows foi um dos homens que ousou enfrentar a pesada artilharia de Maccarthy e teve a sorte de ter outros homens ao seu lado, que puderam mostrar que o bom repórter tem que ir a fundo em suas indagações, mesmo que pareça estar lutando contra o mundo.
A voz de Murrows fez com que outros se indignassem com a perseguição descabida de Maccarthy, o que levou o próprio Senador norte-americano a ter um Comitê julgando suas ações desenfreadas. O filme não é um suave desenrolar de fatos fantasiosos bem ao gosto e estilo de Hollywood. Pelo contrário, uma vez que critica os padrões e estruturas de entretenimento da época.
O filme começa com o célebre discurso e questionamento de Ed Murrows sobre o futuro da tv. Seus questionamentos ainda são válidos e pertinentes para uma mídia que tenta transpor a mente do telespectador. Sem atingir diretamente qualquer ideário político, Clooney critica a atual fase governista norte-americana com classe e história para provar que a história se repete inúmeras vezes nas mãos dos poderosos chefes de estado.
Talvez, o título também traga um quê rebelde chique, uma vez que a expressão usada por Ed Murrows foi cunhada durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto reportava os acontecimentos. Ao não saber o que se poderia acontecer entre a noite e a manhã, sempre se desejava boa-noite e boa-sorte aos membros da comunidade. Do mesmo modo como o futuro está incerto, o termo serve também como arquétipo para os tempos atuais: Boa-noite e boa-sorte! Afinal, todos esperamos tempos melhores e esperamos por aqueles que, como Murrows, façam valer nossas vozes contra a opressão e pela liberdade de expressão.

(http://www.scarium.com.br/noficcao/calimeris01.html)

Por fim leia a seguinte coluna
no site abaixo indicado podemos observar uma estonteante descrição por Érico Borgo da carreira de Clooney e da importância do filme
http://www.omelete.com.br/cine/100003016.aspx


Nenhum comentário: