sexta-feira, 30 de outubro de 2009

GUERRA FRIA PARA O EXAME FINAL ANUAL

Como foi solicitado por nossos alunos noturnos, estamos disponibilizando uma síntese para as aulas de Guerra Fria que se farão acompanhar de algumas questões para estudo:

NOVO TEXTO:

Guerra Fria
Ademar, Ricardo e Flávio

Terminada a II Guerra Mundial, em 1945, a situação política mundial iria conhecer novos rumos, em virtude do afasta-mento dos países europeus da condição de grandes potências, e, especialmente, do surgimento de duas "superpotências": os Estados Unidos e a União Sovié-tica. Esta bipolarização iria tra-zer profundos desdobramentos, entre os quais se destaca a Guerra Fria.
Costuma-se conceituar Guerra Fria como um conflito "diferen-te" dos con­flitos tradicionais, uma vez que os dois principais contendores não se enfrentam diretamente, do ponto de vista militar. Esse novo confronto, quando chega à situação de envolvimento bélico, ocorre sempre em outros países, prin-cipalmente os do Terceiro Mun-do. Todos sabem que um confli-to aberto envolvendo as duas super­potências equivale hoje a colocar um ponto final na Histó-ria, pois não haveria a menor possibilidade de alguém sobre-viver a uma guerra nuclear.
Quando se analisam as origens da Guerra Fria, percebe-se com muita clareza o envolvimento inglês e norte-americano na construção de um discurso que pro­curava mostrar os perigos do expansionismo soviético. Apontava-se para a Europa Ori-ental como o exemplo mais pal-pável desse expansionismo, uma vez que os soviéticos havi-am ocupado aquela região du-rante a Guerra Mundial e se recusavam a abandoná-la. No texto de aprofundamento se discutirá um pouco mais estes "mitos" da Guerra Fria.
-j Há uma certa discordância entre os autores no que se refere à periodização do conflito. Para muitos, a Guerra Fria já é um assunto do passado, uma vez que teria se desenrolado no final dos anos 40 e nos anos 50. Já no final da década de 50,
justificam eles, as relações EU-A/URSS passam a ser coman-dadas pela ideologia da "Coe-xistência Pacífica" e, posterior-mente, da "Détente". E, nos dias de hoje, já não se poderia falar em bipolarização, uma vez que novas forças emergiram e o quadro das relações internacionais modificou-se substancialmente. Para outros autores, a Guerra Fria perpassa todo esse período, do final da segunda Guerra Mundial aos dias de hoje, uma vez que consideram o período da "Coexistência Pacífica" e da "Détente" como simples fases do conflito, sendo que nos anos 80 ter-se-ia a fase da "Nova Guerra Fria".

Os Anos 40/50: a Guerra Fria "Clássica"

a) No dia 5 de março de 1946, o ex-primeiro-ministro inglês Churchil, em visita aos Estados Unidos, fez um discurso na ci-dade de Fulton, tendo ao seu lado o presidente Truman, dos Estados Unidos. Nesse discurso, conclamou os norte-americanos a fornecerem ajuda econômica e militar à Grécia e à Turquia, cujos governos estavam às vol-tas com uma luta interna contra o Partido Comunista. Alertava ele para o perigo que represen-tava para o "mundo livre"essa expansão do comunismo.
b) Em resposta a esse discurso e em atenção aos seus próprios interesses, o presidente Tru-mam elaborou, em 1947, uma Mensagem ao Congresso que ficou conhecida como Doutrina Truman. Nesta Mensagem, Truman solicitava aos deputados a concessão de ajuda eco-nômica e militar aos governos grego e turco. Havia se sensibi-lizado pelo apelo de Churchil. A Doutrina Truman, na realidade, estava oficialmente declarando a Guerra Fria.
c) A partir do momento em que a Guerra Fria passava a existir, dentro dos planos norte-americanos de contenção do expansionismo soviético, seria extrema­mente importante cui-dar da reconstrução da Europa. Isto será proposto pelo general George Marshall e aceito pelo governo dos Estados Unidos. Milhões de dólares serão despe-jados na Europa Ocidental, com o objetivo de permitir uma re-cuperação rápida, para fazer frente aos soviéticos. É impor-tante lembrar que tal ajuda foi oferecida também aos países da Europa Oriental, sendo que Sta-lin proibiu-os de aceitarem. Somente a lugoslávia desobe-deceu às instruções de Stalin, gerando o primeiro rompimento dentro do bloco socialista. O presidente Tito, da lugoslávia, aceitou a ajuda norte-americana, mantendo-se, no entanto, socialista.
d) Para conter os soviéticos não bastava a ajuda econômica. Era necessário, ainda, ter um braço armado. E isto aconteceu com a criação da Organização do Tra-tado do Atlântico Norte (OTAN), em abril de 1949. A OTAN é uma organização militar, reu-nindo os países da Europa Oci-dental, os EUA e o Canadá, com objetivos "defensivos".
e) Os soviéticos reagiram a to-das essas tentativas de conten-ção. Os países da Europa Orien-tal foram "sovietizados", em resposta à tentativa dos Estados Unidos de fornecer ajuda econômica a eles. Nos primeiros tempos, após a Segunda Guer-ra, os governos desses países ainda reuniam elementos dos antigos partidos burgueses e camponeses. Os Partidos Co-munistas não eram, geralmente, muito poderosos. No entanto, à medida em que as pressões norte-americanas começaram a se tornar mais efetivas, todos os partidos foram dissolvidos, instituindo-se regimes de partido único, coletivização forçada das terras. Reorganizou-se também o Comitê de Informação dos Partidos Comunistas e Operários (KOMINFORM) e criou-se o Pacto de Varsóvia, aliança militar dos países da Europa Oriental e da URSS.
f) Uma das regiões mais explo-sivas nesse primeiro momento de tensão entre o bloco capita-lista e o socialista foi a Alema-nha. Terminada a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em quatro setores, ocupados pêlos soviéticos, norte-americanos, ingleses e france-ses. A cidade de Berlim, antiga capital alemã, ficou também dividida em quatro setores, posteriormente transformados em dois. Em 1948, quando se discutiam as questões relativas à criação de uma nova moeda para a Alemanha, o problema de Berlim tornou-se agudo e os soviéticos iniciaram o bloqueio da cidade, tentando impedir o abastecimento do setor oeste. No entanto, uma ponte aérea organizada pêlos americanos e ingleses conseguiu abastecer a cidade, determinando, algum tempo depois, a retirada do bloqueio. Logo em seguida, os soviéticos criaram a República Democrática Alemã (RDA), en-quanto os setores americano, inglês e francês foram trans-formados na República Federal da Alemanha, capitalista.
g) Dentro dos EUA, o clima de histeria anti-comunista teve seu ponto máximo com a campanha desenvolvida pelo senador Eu-gene McCarthy, para extirpar os elementos comunistas da socie-dade norte-americana. Incontá-veis prisões e perseguições fo-ram efetuadas, inclusive nos meios artísticos (Charles Cha-pim, o Carlitos, foi uma das mais famosas vítimas). A onda de histeria era alimentada com novos acontecimentos: a URSS explodia suas primeiras armas nucleares, a China fazia a sua revolução, aderindo também ao socialismo. A verdadeira para-nóia que se instalou nos EUA só teve seu fim quando o senador McCarthy passou a acusar ele-mentos das forças armadas como comunistas. Em 1954 ele foi condenado pelo Congresso por suas atividades, caindo em descrédito.
h) Um dos momentos mais ten-sos dessa primeira fase foi a Guerra da Coréia (1950-53). Após a II Guerra Mundial, a Coréia fora dividida em duas áreas de influência: o Norte, sob controle comunista e apoia-do pela URSS e o Sul, apoiado pêlos EUA. De acordo com deci-são da ONU, deveria haver a reunificação do país após elei-ções gerais. No entanto, confli-tos fronteiriços a partir de 1950 levaram a uma guerra entre as duas partes, com envolvimento decisivo dós Estados Unidos apoiando a Coréia do Sul, en-quanto os soviéticos e chineses deram apoio ao Norte. Os con-flitos se prolongaram até 1953, quando foi firmado um armistí-cio, confirman­do a divisão da Coréia, situação que ainda hoje permanece.
i) O fim dessa primeira fase é assinalado com a crise dos mís-seis soviéticos em Cuba. A re-volução Cubana ocorrera em 1959, passando a ilha para o bloco socialista. Aviões de espi-onagem dos Estados Unidos descobriram que estavam sendo instaladas rampas de lança-mento de mísseis, levando o presidente Kennedy a ordenar o bloqueio de Cuba pela marinha norte-americana, e a imediata retirada dos mísseis, sob pena de invasão. Os soviéticos opta-ram por atender à imposição, mas garantindo, por outro lado, que os americanos não tentari-am mais a derrubada de Fidel Castro. Retirados os mísseis, o bloqueio foi desfeito. Mas essa crise mostrou que a política de enfrentamento entre as duas superpotências poderia levar a desdobramentos inimagináveis. Já de algum tempo a liderança soviética vinha acenando com a idéia da "coexistência pacífica" e alguma coisa será feita neste sentido: instala-se o "telefone vermelho" ligando a Casa Bran-ca ao Kremlin; pensa-se em cooperação tecnológico-espacial.

Os Anos 60/70: Coexistência Pacífica e Détente.

A idéia de Coexistência Pacífica foi expressa por Nikita Krus-chev, que sucedeu a Stalin. Partia do pressuposto que a luta entre os dois sistemas deveria ser travada prioritariamente no campo econômico e não no campo bélico. Nos anos 60 essa tese foi encampada pêlos norte-americanos, passando a confi-gurar as novas relações entre os dois países. Para alguns au-tores, isso significa que a Guer-ra Fria terminou; para outros, trata-se apenas de mais uma etapa do conflito. Estes esforços de aproximação e de atitudes não-beligerantes, no entanto, serviram para encobrir um dos maiores massacres do século XX: a guerra do Vietnã, que se estendeu também ao Laos e ao Camboja.
Nos anos 70, já com novos diri-gentes (Brejhnev na URSS e Nixon, nos EUA), as relações entre as duas superpotências entraram num clima de Détente (distensão). O mundo se modi-ficara de forma extremamente significativa desde o início da Guerra Fria. Havia um dado importante: no conflito entre a China e a URSS os americanos procuraram aproximar-se dos chineses. Para isso era necessá-rio acabar com a Guerra do Vi-etnã, o que foi feito em 1972. A aproximação entre americanos e chineses tinha objetivos bem claros a nível das relações in-ternacionais, uma vez que obri-gava a URSS a encarar a China como potencial inimigo, talvez mais perigoso que os EUA.
Com a ascensão do governo Cárter, nos EUA, esta política continuou a ser utilizada, mas, no final dos anos 70, uma série de crises localizadas (principal-mente com a ascensão do Aia-tolá Khomeini, no Ira, em subs-tituição ao Xá Reza Pahlevi, tradicional aliado dos america-nos) praticamente "congelou" a Détente.
É importante realçar que o en-frentamento entre as duas su-perpotências não cessara, uma vez que podia ser facilmente detectado nas lutas de inde-pendência de Angola e Moçam-bique, no apoio norte-americano a Israel, por exemplo. Mas o "congelamento" da Détente tornou-se muito claro quando da invasão do Afeganistão pelas tropas soviéticas, em 1979. Em represália a esta invasão, fartamente denun­ciada pela imprensa ocidental, os norte-americanos resolveram boicotar as Olim­píadas de 1980, que se realizaram em Moscou, numa nítida atitude de protesto. Na esteira do descontentamento que tomou conta da sociedade norte-americana com as in-decisões do governo Cárter (principalmente no que se refe-re à prisão de
norte-americanos pêlos irania-nos), uma onda conservadora levou à vitória de Ronald Reagan nas eleições presidenciais. Com ele, um novo discurso truculento e agressivo em relação à URSS, passou a ser desenvolvido, gerando o que alguns autores denominam de "nova guerra fria".

Os Anos 80: a "Nova" Guerra Fria

O novo presidente dos EUA ha-via se destacado na época do Macarthismo como um elemento que, sendo ator de cinema, contribuiu para denunciar ao FBI uma série de colegas de profissão. Alçado agora à presi-dência da maior potência militar e econômica do mundo, Reagan desferiu violentos discursos contra os "satânicos" comunis-tas e mostrou-se disposto a enfrentá-los novamente. Isto pôde ser percebido facilmente na ajuda econômica e militar aos rebeldes afegãos e , princi-palmente, na América Central, com a verdadeira cruzada con-tra a Nicarágua e os sandinistas, que haviam tirado o ditador Somoza do poder (diga-se, de passagem, que Somoza sempre fora apoiado pêlos norte-americanos). Um verdadeiro cerco à Nicarágua foi feito, in-clusive com o apoio financeiro aos "contras", isto é, àqueles elementos que, com base nos países vizinhos à Nicarágua, tentam derrubar o governo sandinista. A invasão da ilha de Granada teve efeito evidente de demonstração do poderio norte-americano, servindo como um aviso para os nicaragüenses.
No entanto, a surpresa maior ficou por conta da ascensão de Mikhail Gorbachev na URSS e sua política de Glasnost, associ-ada à Perestroika (esses assun-tos serão analisados mais à frente). O fato é que, devido às novas propostas do dirigente soviético, interessado em redu-zir os orçamentos militares para atender aos imperativos do de-senvolvimento econômico, os americanos foram pegos de surpresa com as propostas de destruição de mísseis e desar-mamento estabelecidas por Gorbachev.
Os novos tratados assinados em 1987 reduziram muito pouco os arsenais das duas potências, mas foram um primeiro passo significativo no sentido de per-mitir um entendimento maior.
Na sequência do desenvolvi-mento das reformas implemen-tadas por Gor­bachev, como se verá no capítulo 3, rufram os governos da Europa Oriental, o Muro de Berlim foi derrubado, as duas Alemanhas se unifica-ram: em suma, o quadro ideo-lógico existente na Europa Ori-ental e que justificava a exis-tência da Guerra Fria, deixou de existir.
Podemos, portanto, falar que a Guerra Fria terminou. A década de 90 se iniciou com modifica-ções sensíveis, que fizeram com que o conflito Leste X Oeste começasse a se tomar algo do passado.
Alguns problemas permanecem ainda sem solução, como por exemplo, o que fazer da OTAN. Ela não é mais necessária, visto que o Pacto de Varsóvia desin-tegrou-se. A permanência de tropas americanas na Alemanha também tornou-se desnecessária. Mas, sobretudo, o que tem preocupado sobremaneira é o destino do arsenal atômico da ex-URSS.
Com a desintegração da União Soviética, ocorre uma disputa entre as novas repúblicas para saber quem ficará de posse desse arsenal. Enquanto isso, correm notícias de que artefatos nucleares têm sido vendidos a diversos países, o que pode aumentar o risco de conflitos, particularmente na região do Oriente Médio, que já é um local bastante conturbado.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

APOSTILAGEM PARA ESTUDO

A temática para a prova dos alunos do 3o ano do Aplicação é o processo de descolonização afro-asiática que vc pode encontrar ao clicar o arquivo abaixo:

http://www.4shared.com/file/144229416/eea1ff3/processodescolonizacao.html

boa prova.

sábado, 24 de outubro de 2009

FILMES INDICADOS POR TEMÁTICA

Nossos alunos do 3o aluno estão desenvolvendo estudos sobre o processo de descolonização afro-asiática, assim procuramos estabelecer algumas indicações de filmes que são importantíssimos para compreensão do processo histórico.
O primeiro destes é um clássico que 'habita' as escolas e sala-de-aula:



TÍTULO DO FILME: Gandhi
DIREÇÃO: Richard Attenborough
INTRODUÇÃO
Depois de consumir 20 anos para ser concluída, esta obra-prima ganhou 9 Oscar em 1983, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Ator. Com primorosos detalhes, a vida de GANDHI seus princípios e ideais explodem nas telas em cenas impressionantes
RESUMO
O filme retrata a vida de Mahatma Gandhi, considerado o principal líder da luta pela independência da Índia, após décadas de dominação do imperialismo inglês. Apesar de biográfico e de não entrar em discussões político-ideológicas, o filme mostra a situação de pobreza e exploração do povo indiano e momentos marcantes de sua luta e organização, como o terrível massacre em Amristar, onde os ingleses atingiram 15 mil homens, mulheres e crianças desarmados e a dramática marcha até o mar na qual Gandhi liderou milhares de seus conterrâneos indianos a provar que o sal marinho pertencia a todos e não era apenas uma mercadoria britânica; colocando em prática a política de desobediência civil, fundamentada no princípio da ação não violenta, considerada por ele como a maior força a ser empregada na defesa dos direitos das pessoas
Apesar da simplicidade, Gandhi era um homem de família rica, estudou Direito na Inglaterra e viveu na África do Sul. Pertencia ao "Partido do Congresso" que representava os interesses da maioria hindu.
Foi durante a luta pela independência que surgiu a divisão político-religiosa entre hindus e muçulmanos, que culminou com a divisão da região, originando dois países, a Índia e o Paquistão.



A seguir:
O ANO EM QUE VIVEMOS EM PERIGO (1982)
O Ano em que Vivemos em Perigo
(The Year of Living Dangerously, Austrália, 1982)
Gênero: Romance
Duração: 117 min.
Tipo: Longa-metragem / Colorido
Prêmios: Vencedor de 1 Oscar
Australiano
Diretor(es): Peter Weir
Roteirista(s): C.J. Koch, Peter Weir, David Williamson (1)
SINOPSE
Em meio à revolução na Indonésia, ambicioso jornalista e correspondente australiano (Mel Gibson) se envolve com diplomata da embaixada americana (Sigourney Weaver). Os dois vivem forte paixão sem saber se sobreviverão à violência. Oscar de melhor atriz coadjuvante para Linda Hunt, no papel da fotógrafa anã Billy Kwan).



Os Gritos do Silêncio

Sinopse

Sydney Schanberg é um jornalista do 'New York Times' enviado ao Camboja, em 1972, como correspondente de guerra. Ali, conhece Dith Pran, um nativo que se torna seu guia e intérprete. Juntos, são os únicos homens da imprensa a presenciarem, em agosto de 1973, ao escandaloso resultado do errôneo bombardeio sobre o povoado de Neak Luong pelos B-52 americanos.
Em março de 1975, a capital Phnom Penh começa a sofrer ações terroristas do Khmer Vermelho, ao mesmo tempo em que passa a abrigar mais de 2 milhões de refugiados. Quando o governo cambojano cai, os EUA retiram-se do País, e toda a família de Pran emigra para a América, com exceção dele, que fica ao lado de Schanberg, para ajudá-lo a cobrir os novos acontecimentos. Os dois refugiam-se na Embaixada inglesa, mas quando tentam abandonar o País, o novo exército revolucionário não permite a saída de Pran, que é enviado para um Campo de Reeducação Rural.
Nos EUA, Schanberg ganha o Prêmio Pulitzer por seu trabalho, quando da cobertura da tomada de Phnom Penh.
Sem notícias do amigo e na ânsia de reencontrá-lo, Sydney envia correspondências com fotos de Pran para veículos de comunicação de todo o mundo, órgãos mundiais como a Cruz Vermelha e postos da fronteira com o Camboja.
Pran cuidava do filho de um líder do Khmer e, por isso, acaba conquistando sua simpatia. O líder é morto ao tentar conter o genocídio e pouco depois de sugerir a Pran que fuja com seu filho. Na fuga, o garoto e um dos amigos são mortos por uma mina. Pran consegue chegar à fronteira do Camboja sozinho e, logo depois, encontra-se com Schanberg. Finalmente, viaja com o amigo para o reencontro com a família.



Bom Dia Vietnã

Saigon, 1965. Adrian Cronauer (Robin Williams), um aeronauta, foi para o sudeste da Ásia para trabalhar como disc-jockey na Rádio Saigon, que era operada pelo governo americano. Em contraste com os tediosos locutores que o precederam, Cronauer é bem dinâmico e inicia sempre as transmissões com um sonoro e vibrante "Bom Dia, Vietnã", tocando músicas que não tinham sido aprovadas por seus bitolados superiores. Mas o que realmente chamava atenção eram as piadas que ele falava durante o seu programa, provocando a indignação de Steven Hauk (Bruno Kirby), um segundo tenente que era o superior imediato de Cronauer. Hauk tinha uma necessidade enorme de provar que era superior hierarquicamente e além disto tinha um humor pueril e patético. Movido pela inveja e ciúme, ele tenta prejudicar Cronauer mas a popularidade dele é tal que é protegido pelos altos escalões. Paralelamente, Adrian sente-se atraído por Trinh (Chintara Sukapatana), uma jovem vietnamita. Uma dia, quando Cronauer estava saindo do Jimmy Wah's, um bar bem popular que era freqüentados por americanos, houve uma explosão em virtude de um explosivo plástico ter sido colocado no local. Este atentado matou duas pessoas e ainda feriu três. Apesar de ser proibido de divulgar o acontecido, Adrian narrou ironicamente o que aconteceu. Imediatamente Hauk o chamou de subversivo e foi apoiado por Phillip Dickerson (J.T. Walsh), um oficial que sempre detestou Adrian. Porém, o general Taylor (Noble Willigham) não permitiu que o incidente tomasse grandes proporções e deu só uma suspensão para Cronauer, ficando acertado que ele seria substituído por Hauk, que tentou ser engraçado mas só conseguiu ser ridículo. Para piorar, tocou várias polcas que ninguém gostava e assim conseguiu diversas críticas negativas. Além do mais, todos pediam a volta de Cronauer. Diante deste quadro, Taylor ordenou que ele fosse reintegrado, mas algo grave iria acontecer, que nem mesmo Taylor iria poder contornar.



Apocalipse Now
sinopse
Em plena Guerra do Vietnã, por volta de 1969, um alto comando do exército americano designa o capitão Willard para matar o coronel Kurtz no interior da selva do Camboja.
Subindo o rio num barco de patrulha e escoltado por quatro soldados, Willard depara-se com situações inacreditáveis e absurdas geradas pela guerra enquanto examina os documentos a respeito do coronel. Ao chegar ao seu destino, percebe que os nativos adoram Kurtz como a um deus e terá de decidir se cumpre ou não a sua missão.
O filme tem duas versões. A segunda, feita em 2001, chama-se "Apocalypse Now Redux" e tem 197 minutos, 44 minutos a mais de cenas adicionais. Esta versão foi reeditada pelo próprio Francis Ford Coppola.
Marlon Brando .... coronel Walter E. Kurtz
Martin Sheen .... capitão Benjamin L. Willard
Robert Duvall .... tenente-coronel Bill Kilgore
Frederic Forrest .... Jay 'Chef' Hicks
Sam Bottoms .... Lance B. Johnson
Laurence Fishburne .... Tyrone 'Clean' Miller
Albert Hall ... . chefe Phillips
Harrison Ford .... coronel Lucas
Dennis Hopper .... fotojornalista
Desenvolvimento
Enquanto trabalhava como assistente para Francis Ford Coppola no filme The Rain People, George Lucas encorajou seu amigo e cineasta John Milius a escrever um filme sobre a Guerra do Vietnã. [2] Millius teve a ideía de adaptar a trama Heart of Darkness de Joseph Conrad para a Guerra. Ele queria dirigir o o filme e sentiu que George Lucas era a pessoa certa para o trabalho. No entanto, o também cineasta Carroll Ballard diz que Apocalypse Now foi sua idéia em 1967 antes de Milius escrever o roteiro. Ballard tinha um acordo com o produtor Joel Landon e eles tentaram conseguir direitos do livro de Conrad mas não obtiveram sucesso. Lucas adiquiriu os direitos mas falhou em dizer à Ballard e Landon.



Um Grito de Liberdade
Sinopse

A história de uma amizade memorável entre dois homens inesquecíveis. A tensão e o terror da atualidade da África do Sul é poderosamente retratada neste emocionante filme realizado por Richard Attenborough, que nos conta a história de um ativista negro Stephen Biko (Denzel Washington) e de um editor liberal de um jornal branco que arrisca a sua própria vida para divulgar ao Mundo a mensagem de Biko. Depois de ter conhecimento dos verdadeiros horrores do Apartheid, através das descrições de Biko, o editor Donald Woods (Kevin Kline) descobre que o seu amigo foi silenciado pela polícia. Determinado a fazer ouvir a mensagem de Biko, Woods embarca numa perigosa aventura para escapar da África do Sul e divulgar ao mundo a impressionante história de coragem de Biko. A fascinante história mostra as facetas da humanidade nas suas vertentes mais terríveis e mais heróicas.
Informações Técnicas
Título no Brasil: Um Grito de Liberdade
Título Original: Cry Freedom
País de Origem: Canadá
Gênero: Drama / Documentário
Classificação etária: 18 anos
Tempo de Duração: 157 minutos
Ano de Lançamento: 1987
Site Oficial:
Estúdio/Distrib.: Universal Pictures
Direção: Richard Attenborough

domingo, 11 de outubro de 2009

LEMBRETES DE ÚLTIMA HORA


As temáticas informativas abaixo relacionadas devem ser estudadas por nossos alunos pois as redações e inúmeras questões de vestibulares que serão aplicados devem abordar alguns destes:
Globalização;Rumos da Globalização;Globalização e Soberania Nacional;Direito Internacional:


Regras de Convivência;Poder da Cidadania (Greenpeace, Human Rights Watch, Anistia Internacional, Médicos sem Fronteiras, etc.);O Poder das ONGs;O Poder Local em crescimento em detrimento do Poder Central;Decisões Políticas dependentes das decisões econômicas;Direitos humanos e direitos universais (meninas mutiladas, etc...);Direitos Sociais;ONU;Viena 93 (direitos humanos);ECO 92 (meio ambiente);Regionalismo na Universalização dos Direitos Humanos;Rede da Cidadania;Democracia e seus valores;Revolução Cibernética;Comunicação e Informação;Sociedade Digital;Capital sem Pátria;Moeda eletrônica;Marrakesh 94 (comércio para todos);Migrantes;Êxodo Migratório;Deslocamentos sem fronteiras;Migração Global;Leis de Migração nos Estados Unidos;Muro no México;Legislação Européia sobre Migração;Terra como morada comum;Ecossistemas;Auto-sustento;Custo ecológico;Bens comuns globais;Agenda 21;Crime globalizado;Crime na infovia, Criminosos virtuais;Corrupção fenômeno mundial;


Muitos outros podem ser citados, mas reservam-se a constante leitura de jornais e revistas;

Indicamos como complementação o livro de Clóvis Brigagão e Gilberto Rodrigues, "Globalização a Olho Nu", da Coleção Polêmica, pela Editora Moderna, de 2002.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

ENEM: TÁ CHEGANDO A HORA

O site de educação da UOL preparou uma relação de temas, filmes e outros assuntos que podem com toda a certeza ser explorados pelo ENEM.
Boa Prova.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A QUESTÃO ALEMÃ: DO BLOQUEIO À QUEDA DO MURO

O bloqueio de Berlim

Stalin, por sua vez, reagiu à ofensiva. Em 1947 promoveu a criação do Kominform, organismo destinado a unificar a ação dos partidos comunistas e dos governos do Leste europeu sob sua direção, naturalmente. Dois anos depois procurou criar uma versão própria do Plano Marshall através do Comecon, conselho planejado para incrementar o auxílio econômico mútuo entre os países do bloco comunista. A consolidação de sua presença no Leste europeu dependia apenas da solução a ser encontrada para a Alemanha.Em 1948, após três anos de seguidos desentendimentos sobre o destino a ser dado ao pais, os soviéticos determinaram um bloqueio a Berlim, que ficava dentro de sua zona de ocupação, mas também estava dividida. Três quartos da antiga capital alemã - a parte ocidental - ainda estavam sob domínio das forças britânicas, francesas e norte-americanas. Com o bloqueio, Berlim Ocidental passou a receber apoio e suprimentos através de um corredor aéreo, uma linha de comunicação por avião montada especialmente para isso.A crise, que elevou perigosamente a temperatura das relações entre os Estados Unidos e a União Soviética, acabou resultando na divisão da Alemanha em dois países, em 1949: República Federal da Alemanha, sob controle norte-americano, e República Democrática Alemã, sob controle soviético. À semelhança do meridiano de Greenwich, que divide o globo terrestre e marca os fusos horários, a linha que agora dividia o mundo capitalista do mundo comunista passava por cima do antigo território alemão. E a divisão da Alemanha transformou-se no símbolo mais forte da impossibilidade de acordo entre Estados Unidos e União Soviética.O mundo saíra da Segunda Guerra Mundial dividido em dois. Restava apenas esperar que a crescente oposição entre os dois lados não resultasse em uma nova guerra. Os norte-americanos, de qualquer maneira, acreditavam que seu poderio bélico - conquistado através da posse isolada da bomba atômica - afastaria os soviéticos de um confronto direto. Pelo menos do ponto de vista militar, o Ocidente estava bem defendido.O ano de 1949, contudo, reservava uma última surpresa. No início de setembro, Harry Truman foi informado de que a União Soviética acabara de realizar com êxito um teste nuclear no deserto do Cazaquistão, próximo à cidade de Semipalatinsk. A novidade deixou o presidente perplexo: estava encerrado o monopólio nuclear norte-americano. Os soviéticos também dispunham da bomba atômica.A notícia fechava a equação da guerra fria. O mundo do segundo pós-guerra era dominado por duas superpotências rivais e absolutamente incompatíveis. Estava claro que um lado não se sentiria totalmente satisfeito a menos que obtivesse a rendição incondicional do outro. Mas ambos possuíam armas nucleares, o que significava que um confronto entre eles poderia levar o planeta a um desastre de proporções globais. Era nesse terreno literalmente explosivo que a humanidade deveria caminhar nas décadas seguintes.

A construção do muro

Já na madrugada de sábado para o domingo, dia 13 de agosto de 1961, surpresa na notícia de que o tráfego de trens entre Berlim Ocidental e Berlim Oriental fora suspenso.O fato, porém, só ficou claro quando o dia amanheceu. A República Democrática Alemã (RDA) dera início à construção de um muro entre as duas partes de Berlim, cortando o acesso de 16 milhões de alemães ao Ocidente. "A fronteira em que nos encontramos, com a arma nas mãos, não é apenas uma fronteira entre um país e outro. É a fronteira entre o passado e o presente", era a interpretação ideológica do governo alemão-oriental.A RDA via-se com razão ameaçada em sua existência. Cerca de 2 mil fugas diárias tinham sido registradas, ou seja, 150 mil desde o começo do ano e mais de 2 milhões desde que fora criado o Estado socialista alemão. Um muro de 155 quilômetros de extensão que interrompia estradas e linhas férreas e separava famílias.Ainda dois meses antes, Walter Ulbricht, chefe de Estado e do partido, desmentira boatos de que o governo estaria planejando fechar a fronteira: "Não tenho conhecimento de um plano desses, já que os operários da construção estão ocupados levantando casas e toda a sua mão-de-obra é necessária para isso. Ninguém tenciona construir um muro".Nos bastidores, porém, corriam os preparativos, sob a coordenação de Erich Honecker e com a autorização da União Soviética. Guardas da fronteira e batalhões fiéis ao politburo encarregaram-se da tarefa. Honecker não tinha a menor dúvida: "Com a construção da muralha antifascista, a situação na Europa fica estabilizada e a paz, salvaguardada".As potências ocidentais protestaram, mas nada fizeram. Para os berlinenses de ambos os lados da fronteira, a brutalidade do muro passou a fazer parte do cotidiano. Apenas 11 dias após a construção, morreu pela primeira vez um alemão-oriental abatido a tiros durante tentativa de fuga.

A queda do muro de Berlim

Nenhum outro acontecimento marcaria tão emblemática e simbolicamente a virtual desintegração do antigo bloco comunista, ou teria tanta influência sobre os movimentos no Leste europeu, quanto o processo que levou à queda do muro de Berlim, em 1989. Construído em 1961 para separar os setores oriental e ocidental da cidade para isolar, na realidade, o setor comunista do setor não comunista -, o famoso muro havia se tornado o maior símbolo do controle soviético sobre os países do Leste europeu. Como que enclaustrados no setor comunista da cidade, centenas de pessoas tentaram, ao longo de quase três décadas, achar uma maneira de fugir para o setor ocidental. Os fugitivos procuravam superar as muitas barreiras constituídas pelo muro - que contava, entre outras coisas, com cercas eletrificadas, valetas antitanque e policiamento permanente. A maior parte deles acabou eletrocutada ou fuzilada.Em setembro de 1989, entretanto, a Hungria abriu suas fronteiras com a Áustria, criando um novo roteiro de fuga da Alemanha Oriental. Milhares de alemães orientais passaram a sair de seu país em direção à Alemanha Ocidental, atravessando nesse caminho a Hungria e a Áustria. Além disso, como em outros países do Leste europeu, também na Alemanha Oriental uma onda crescente de protestos populares passou a ocorrer. Esgotado pelas manifestações e pela repercussão da emigração em massa, o governo do país finalmente determinou a derrubada do muro, em novembro de 1989. Verdadeiras multidões afluíram a Berlim e fizeram do acontecimento uma enorme festa, transmitida pela TV para todo o mundo. A queda da barreira preparava terreno para uma medida ainda mais radical, que viria pouco tempo depois - a reunificação alemã, sob a liderança da Alemanha Ocidental.

ELEMENTOS PARA A PROVA DO 3o ANO - APLICAÇÃO

Observem com atenção que acabamos de postar uma síntese organizada sobre a Guerra Fria abordando os principais elementos que utilizaremos em nossa prova.
Esta postagem se faz acompanhar de outra onde os autores a quem recorremos procuram produzir uma avaliação sobre os 'mitos da Guerra Fria' acompanhado de uma pequena discusão ideológica.
Chamamos também atenção para o texto sobre 'Persepolis', filme que foi projetado em sala de aula após os esclarecimentos sobre a questão iraniana, desde o processo de descolonização, abordando o nacionalismo e finalmente a questão da Revolução Islâmica e a idealização do radicalismo com ressureição do Estado Teocrático na história.
Para auxiliar a entender a questão da Alemanha e do muro adicionaremos mais um trabalho que pode servir de apoio para a prova.

GUERRA FRIA: TEXTO PARA LEITURA DE APROFUNDAMENTO

Como já foi acentuado no texto básico, o tema da Guerra Fria é bastante polémico, havendo diferentes interpretações do fenómeno por parte dos especialistas. Não é propósito, aqui, retomar as questões referentes à periodização da Guerra Fria. Optou-se por tecer algumas considerações relativas principalmente a três aspectos, que se considera de maior importância: os chamados "mitos" da Guerra Fria, a questão da propaganda e, sobretudo, a questão da Guerra Fria vista na ótica de um país do Terceiro Mundo, assunto que normalmente é descuidado, o que contribui para a manutenção dos mitos.Quando se refere aos mitos da Guerra Fria, está-se pensando como o historiador Isaac Deutscher que, numa palestra feita nos Estados Unidos, procurou alertar o seu público para urnas tantas questões relativas às origens da Guerra Fria. Nesta palestra, ele procurava mostrar como a propaganda deliberadamente fazia crer aos habitantes do Ocidente que a União Soviética representava uma terrível ameaça para as instituições democráticas do mundo livre.Basicamente, Deutscher apontava para quatro mitos:

1) o da superioridade da URSS;
2) o de que a URSS jamais alcançaria os EUA no tocante ao desenvolvimento tecnológico (especialmente o da energia nuclear);
3) o de que toda revolta ou revolução que aconteça no Terceiro Mundo na realidade é incentivada por Moscou;
4) o de que o bloco socialista constituía um monolito indestrutível.

O primeiro mito, segundo Deutscher, é fundamental para a compreensão das origens da Guerra Fria. Tratava-se de mostrar que, após a II Guerra, EUA e URSS emergiam como dois colossos. No entanto, nota ele, esta afirmativa só teria sentido para os EUA, uma vez que a URSS saiu da guerra com uma situação dramática: cerca de 20 milhões de russos haviam morrido, o país estava arrasado, sua economia em condições precárias. Até mesmo seu exército fora rapidamente desmobilizado. Portanto, a grande questão que se levanta é: teria a URSS condições e vontade de dominar alguma outra região do planeta? É altamente discutível. As únicas regiões da Europa oriental que Stalin ocupou, na realidade foram objeto de tratados assinados com o presidente norte-americano e o primeiro-ministro inglês, nasconferências efetuadas no final da guerra. Os soviéticos não moveram uma palha para ajudar os comunistas gregos e turcos, porque já haviam combinado naquelas conferências que aquelas regiões seriam de hegemonia britânica.No entanto, como diz Deutscher,
"pouco após o fim da guerra, a imagem do colosso russo, de um colosso maligno, voltado para a conquista e dominação mundiais, assombrou a mente do povo do Ocidente, e não apenas a do povo". (DEUTSCHER, Isaac. Ironias da História - Ensaios sobre o comunismo contemporâneo. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira. 1968, pp. 178-9.)
O segundo mito, ainda na opinião do mesmo autor, chega ao ridículo de desconhecer os avanços dos soviéticos no campo tecnológico. Dizia-se que os americanos teriam o monopólio da bomba atómica por muitas décadas; no entanto, em 1949, os soviéticos conseguiam fazer explodir a sua bomba.
"Mais tarde ainda, garantiram-nos que, embora ela (a URSS) pudesse ter um grande número de bombas atómicas, certamente não seria capaz de fabricar bombas-H. E quando isso provou estar errado, os peritos sustentaram que, embora os russos possuíssem as ogivas nucleares, não tinham nem teriam meios de enviá-las de modo a poder atingir o continente americano. Supunha-se que os mísseis balísticos intercontinentais estavam além do alcance da tecnologia russa. Por mais de doze anos, até que o primeiro Sputnik irrompeu no espaço exterior, em 1957, a guerra fria foi sustentada na presunção de uma absoluta e indiscutível superioridade americana em todos os campos da tecnologia." (DEUTSCHER, op.cit., p. 187.)
O terceiro mito é desmontado por Deutscher quando afirma que os movimentos rebeldes ou revolucionários que ocorrem no Terceiro Mundo possuem causas bem específicas, quais sejam a miséria e a degradação da vida a que são submetidos esses povos, e de que querer fazer crer que Moscou é a responsável por essas revoltas é simplesmente ridículo.Finalmente, com relação ao quarto mito, uma simples olhada para o bloco socialista mostra como é falsa essa ideia do monolitismo. A Iugoslávia rompeu com a URSS logo após a Segunda Guerra; a China, quando fez a sua revolução (1949), em pouco tempo se indispôs com os soviéticos. São apenas alguns exemplos, que mostram de forma categórica, que o aumento do número de países socialistas não significou o fortalecimento desse bloco. O bloco não é monolítico, uma vez que as suas rachaduras são bem visíveis.
Ora, todos esses mitos que Deutscher aponta e desmonta, serviram como base de uma intensa propaganda que justificou a Guerra Fria em seus momentos iniciais.A propaganda, aliás, foi uma das armas mais poderosas nesse conflito. Pelo fato de residir no Brasil, país que sempre se manteve ligado ao bloco capitalista, a única propaganda que aqui chegava era a dos EUA. E ela aparecia de forma extremamente diversificada: sob a capa de filmes, desenhos animados etc. O Super-Homem, o Capitão América, entre outros, eram os eternos defensores do Bem, da Verdade, da Justiça, da Democracia, E, curiosamente, suas roupas nada mais eram do que a bandeira norte-americana testilizada...
Quanto ao terceiro tema que se escolheu para discussão, acredita-se que talvez seja o mais significativo, uma vez que os habitantes do Terceiro Mundo, eram, desde 1946, obrigados a optar por um ou outro dos blocos em disputa. Mas será que haveria mesmo uma grande disputa entre eles? Alguns autores pensam que não, mas acreditam que tanto para os norte-americanos quanto para os soviéticos, era muito conveniente continuar a utilizar a ideologia da Guerra Fria. Veja-se, por exemplo, o que diz Noam Chomsky:
"As formas como os ideólogos das duas superpotências descrevem o sistema não é totalmente falsa. Uma propaganda efetiva não pode ser inteiramente falsa. Mas, por outro lado, a verdade real do sistema é completamente diferente. (...)O fato básico e crucial, que nunca é demais repetir, é que o sistema da Guerra Fria é altamente funcional para as superpotências, e é por isso que ele persiste, apesar da probabilidade de mútua aniquilação no caso de uma falha acidental, que ocorrerá mais cedo ou mais tarde.
A Guerra Fria fornece um arcabouço onde cada uma das superpotências pode usar a força e a violência para controlar seus próprios domínios contra os que buscam um grau de independência no interior dos blocos — apelando à ameaça da superpotência inimiga, para mobilizar sua própria população e a de seus aliados." (CHOMSKY, Noam. Armas Estratégicas, Guerra Fria e Terceiro Mundo. In: THOMPSON, Edward. Exterminismo e Guerra Fria. São Paulo, Brasiliense, 1985, p. 190.)
Em outras palavras, Chomsky quer dizer que, para os norte-americanos e soviéticos, foi muito conveniente utilizar a ideologia da Guerra Fria, pois ela garantiu a justificativa para suas agressões a países do Terceiro Mundo. Seria ridículo acreditar que a Nicarágua ameaçava os EUA. Mas... se os americanos apregoassem que, por trás dos sandinistas estavam os soviéticos, eles garantiam moralmente, perante a humanidde, o seu direito de agredir aquele pequeno país. A mesma coisa acontecia com o outro lado: era ridículo pensar-se que o Afeganistão ameaçasse a URSS. Mas ela pôde invadi-lo, alegando que os norte-americanos estavam presentes e, desta forma, os afegãos se tornavam uma ameaça para os soviéticos...
Em suma: a ideologia da Guerra Fria nada mais fez do que contribuir para manter a dominação sobre os países do Terceiro Mundo. E é isto que precisa ser pensado quando se reflete sobre esse conflito.
(in Ricardo, Flávio e Ademar)

GUERRA FRIA: TÓPICOS PARA PROVA DO 3o

GUERRA FRIA
in Ademar, Flávio & Ricardo


Terminada a II Guerra Mundial, em 1945, a situação política mundial iria conhecer novos rumos, em virtude do afastamento dos países europeus da condição de grandes potências, e, especialmente, do surgimento de duas "superpotências": os Estados Unidos e a União Soviética. Esta bipolarização iria trazer profundos desdobramentos, entre os quais se destaca a Guerra Fria.Costuma-se conceituar Guerra Fria como um conflito "diferente" dos conflitos tradicionais, uma vez que os dois principais contendores não se enfrentam diretamente, do ponto de vista militar. Esse novo confronto, quando chega à situação de envolvimento bélico, ocorre sempre em outros países, principalmente os do Terceiro Mundo. Todos sabem que um conflito aberto envolvendo as duas super­potências equivale hoje a colocar um ponto final na História, pois não haveria a menor possibilidade de alguém sobreviver a uma guerra nuclear.Quando se analisam as origens da Guerra Fria, percebe-se com muita clareza o envolvimento inglês e norte-americano na construção de um discurso que procurava mostrar os perigos do expansionismo soviético. Apontava-se para a Europa Oriental como o exemplo mais palpável desse expansionismo, uma vez que os soviéticos haviam ocupado aquela região durante a Guerra Mundial e se recusavam a abandoná-la. No texto de aprofundamento se discutirá um pouco mais estes "mitos" da Guerra Fria.Há uma certa discordância entre os autores no que se refere à periodização do conflito. Para muitos, a Guerra Fria já é um assunto do passado, uma vez que teria se desenrolado no final dos anos 40 e nos anos 50. Já no final da década de 50, justificam eles, as relações EUA/URSS passam a ser comandadas pela ideologia da "Coexistência Pacífica" e, posteriormente, da "Détente". E, nos dias de hoje, já não se poderia falar em bipolarização, uma vez que novas forças emergiram e o quadro das relações internacionais modificou-se substancialmente. Para outros autores, a Guerra Fria perpassa todo esse período, do final da segunda Guerra Mundial aos dias de hoje, uma vez que consideram o período da "Coexistência Pacífica" e da "Détente" como simples fases do conflito, sendo que nos anos 80 ter-se-ia a fase da "Nova Guerra Fria".

Os Anos 40/50: a Guerra Fria "Clássica"

a) No dia 5 de março de 1946, o ex-primeiro-ministro inglês Churchil, em visita aos Estados Unidos, fez um discurso na cidade de Fulton, tendo ao seu lado o presidente Truman, dos Estados Unidos. Nesse discurso, conclamou os norte-americanos a fornecerem ajuda económica e militar à Grécia e à Turquia, cujos governos estavam às voltas com uma luta interna contra o Partido Comunista. Alertava ele para o perigo que representava para o "mundo livre"essa expansão do comunismo.
b) Em resposta a esse discurso e em atenção aos seus próprios interesses, o presidente Trumam elaborou, em 1947, uma Mensagem ao Congresso que ficou conhecida como Doutrina Truman. Nesta Mensagem, Truman solicitava aos de­putados a concessão de ajuda económica e militar aos governos grego e turco. Havia se sensibilizado pelo apelo de Churchül. A Doutrina Truman, na realidade, estava oficialmente declarando a Guerra Fria.
c) A partir do momento em que a Guerra Fria passava a existir, dentro dos planos norte-americanos de contenção do expansionismo soviético, seria extrema­mente importante cuidar da reconstrução da Europa. Isto será proposto pelo general George Marshall e aceito pelo governo dos Estados Unidos. Milhões de dólares serão despejados na Europa Ocidental, com o objetivo de permitir uma recuperação rápida, para fazer frente aos soviéticos. É importante lembrar que tal ajuda foi oferecida também aos países da Europa Oriental, sendo que Stalin proibiu-os de aceitarem. Somente a lugoslávia desobedeceu às instruções de Stalin, gerando o primeiro rompimento dentro do bloco socialista. O presidente Tito, da lugoslávia, aceitou a ajuda norte-americana, mantendo-se, no entanto, socialista.
d) Para conter os soviéticos não bastava a ajuda económica. Era necessário, ainda, ter um braço armado. E isto aconteceu com a criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), em abril de 1949. A OTAN é uma organização militar, reunindo os países da Europa Ocidental, os EUA e o Canadá, com objetivos "defensivos".
e) Os soviéticos reagiram a todas essas tentativas de contenção. Os países da Europa Oriental foram "sovietizados", em resposta à tentativa dos Estados Unidos de fornecer ajuda económica a eles. Nos primeiros tempos, após a Segunda Guerra, os governos desses países ainda reuniam elementos dos antigos partidos burgueses e camponeses. Os Partidos Comunistas não eram, geralmente, muito poderosos. No entanto, à medida em que as pressões norte-americanas começaram a se tornar mais efetivas, todos os partidos foram dissolvidos, instituindo-se regimes de partido único, coletivização forçada das terras. Reorganizou-se também o Comité de Informação dos Partidos Comunistas e Operários (KOMINFORM) e criou-se o Pacto de Varsóvia, aliança militar dos países da Europa Oriental e da URSS.
f) Uma das regiões mais explosivas nesse primeiro momento de tensão entre o bloco capitalista e o socialista foi a Alemanha. Terminada a Segunda Guerra, a Alemanha foi dividida em quatro setores, ocupados pêlos soviéticos, norte-americanos, ingleses e franceses. A cidade de Berlim, antiga capital alemã, ficou também dividida em quatro setores, posteriormente transformados em dois. Em 1948, quando se discutiam as questões relativas à criação de uma nova moeda para a Alemanha, o problema de Berlim tornou-se agudo e os soviéticos iniciaram o bloqueio da cidade, tentando impedir o abastecimento do setor oeste. No entanto, uma ponte aérea organizada pêlos americanos e ingleses conseguiu abastecer a cidade, determinando, algum tempo depois, a retirada do bloqueio. Logo em seguida, os soviéticos criaram a República Democrática Alemã (RDA), enquanto os setores americano, inglês e francês foram transformados na República Federal da Alemanha, capitalista.
g) Dentro dos EUA, o clima de histeria anti-comunista teve seu ponto máximo com a campanha desenvolvida pelo senador Eugene McCarthy, para extirpar os elementos comunistas da sociedade norte-americana. Incontáveis prisões e perseguições foram efetuadas, inclusive nos meios artísticos (Charles Chapim, o Carlitos, foi uma das mais famosas vítimas). A onda de histeria era alimentada com novos acontecimentos: a URSS explodia suas primeiras armas nucleares, a China fazia a sua revolução, aderindo também ao socialismo. A verdadeira paranóia que se instalou nos EUA só teve seu fim quando o senador McCarthy passou a acusar elementos das forças armadas como comunistas. Em 1954 ele foi condenado pelo Congresso por suas atividades, caindo em descrédito.
h) Um dos momentos mais tensos dessa primeira fase foi a Guerra da Coreia (1950-53). Após a II Guerra Mundial, a Coreia fora dividida em duas áreas de influência: o Norte, sob controle comunista e apoiado pela URSS e o Sul, apoiado pêlos EUA. De acordo com decisão da ONU, deveria haver a reunificação do país após eleições gerais. No entanto, conflitos fronteiriços a partir de 1950 levaram a uma guerra entre as duas partes, com envolvimento decisivo dós Estados Unidos apoiando a Coreia do Sul, enquanto os soviéticos e chineses deram apoio ao Norte. Os conflitos se prolongaram até 1953, quando foi firmado um armistício, confirman­do a divisão da Coreia, situação que ainda hoje permanece.
i) O fim dessa primeira fase é assinalado com a crise dos mísseis soviéticos em Cuba. A revolução Cubana ocorrera em 1959, passando a ilha para o bloco socialista. Aviões de espionagem dos Estados Unidos descobriram que estavam sendo instaladas rampas de lançamento de mísseis, levando o presidente Kennedy a ordenar o bloqueio de Cuba pela marinha norte-americana, e a imediata retirada dos mísseis, sob pena de invasão. Os soviéticos optaram por atender à imposição, mas garantindo, por outro lado, que os americanos não tentariam mais a derrubada de Fidel Castro. Retirados os mísseis, o bloqueio foi desfeito. Mas essa crise mostrou que a política de enfrentamento entre as duas superpotências poderia levar a desdobramentos inimagináveis. Já de algum tempo a liderança soviética vinha acenando com a ideia da "coexistência pacífica" e alguma coisa será feita neste sentido: instala-se o "telefone vermelho" ligando a Casa Branca ao Kremlin; pensa-se em cooperação tecnológico-espacial. É o fim de uma etapa.

Os Anos 60/70: Coexistência Pacífica e Détente.

A ideia de Coexistência Pacífica foi expressa por Nikita Kruschev, que sucedeu a Stalin. Partia do pressuposto que a luta entre os dois sistemas deveria ser travada prioritariamente no campo econômico e não no campo bélico. Nos anos 60 essa tese foi encampada pêlos norte-americanos, passando a configurar as novas relações entre os dois países. Para alguns autores, isso significa que a Guerra Fria terminou; para outros, trata-se apenas de mais uma etapa do conflito. Estes esforços de aproximação e de atitudes não-beligerantes, no entanto, serviram para encobrir um dos maiores massacres do século XX: a guerra do Vietnã, que se estendeu também ao Laos e ao Camboja.Nos anos 70, já com novos dirigentes (Brejhnev na URSS e Nixon, nos EUA), as relações entre as duas superpotências entraram num clima de Détente (distensão). O mundo se modificara de forma extremamente significativa desde o início da Guerra Fria. Havia um dado importante: no conflito entre a China e a URSS os americanos procuraram aproximar-se dos chineses. Para isso era necessário acabar com a Guerra do Vietnã, o que foi feito em 1972. A aproximação entre americanos e chineses tinha objetivos bem claros a nível das relações internacionais, uma vez que obrigava a URSS a encarar a China como potencial inimigo, talvez mais perigoso que os EUA.Com a ascensão do governo Cárter, nos EUA, esta política continuou a ser utilizada, mas, no final dos anos 70, uma série de crises localizadas (principalmente com a ascensão do Aiatolá Khomeini, no Ira, em substituição ao Xá Reza Pahlevi, tradicional aliado dos americanos) praticamente "congelou" a Détente.É importante realçar que o enfrentamento entre as duas superpotências não cessara, uma vez que podia ser facilmente detectado nas lutas de independência de Angola e Moçambique, no apoio norte-americano a Israel, por exemplo. Mas o "congelamento" da Détente tornou-se muito claro quando da invasão do Afeganistão pelas tropas soviéticas, em 1979. Em represália a esta invasão, fartamente denunciada pela imprensa ocidental, os norte-americanos resolveram boicotar as Olimpíadas de 1980, que se realizaram em Moscou, numa nítida atitude de protesto. Na esteira do descontentamento que tomou conta da sociedade norte-americana com as indecisões do governo Cárter (principalmente no que se refere à prisão de norte-americanos pêlos iranianos), uma onda conservadora levou à vitória de Ronald Reagan nas eleições presidenciais. Com ele, um novo discurso truculento e agressivo em relação à URSS, passou a ser desenvolvido, gerando o que alguns autores denominam de "nova guerra fria".

Os Anos 80: a "Nova" Guerra Fria.

O novo presidente dos EUA havia se destacado na época do Macarthismo como um elemento que, sendo ator de cinema, contribuiu para denunciar ao FBI uma série de colegas de profissão. Alçado agora à presidência da maior potência militar e económica do mundo, Reagan desferiu violentos discursos contra os "satânicos" comunistas e mostrou-se disposto a enfrentá-los novamente. Isto pôde ser percebido facilmente na ajuda económica e militar aos rebeldes afegãos e , principalmente, na América Central, com a verdadeira cruzada contra a Nicarágua e os sandinistas, que haviam tirado o ditador Somoza do poder (diga-se, de passagem, que Somoza sempre fora apoiado pêlos norte-americanos). Um verdadeiro cerco à Nicarágua foi feito, inclusive com o apoio financeiro aos "contras", isto é, àqueles elementos que, com base nos países vizinhos à Nicarágua, tentam derrubar o governo sandinista. A invasão da ilha de Granada teve efeito evidente de demonstração do poderio norte-americano, servindo como um aviso para os nicaragüenses.No entanto, a surpresa maior ficou por conta da ascensão de Mikhail Gorbachev na URSS e sua política de Glasnost, associada à Perestroika. O fato é que, devido às novas propostas do dirigente soviético, interessado em reduzir os orçamentos militares para atender aos imperativos do desenvolvimento económico, os americanos foram pegos de surpresa com as propostas de destruição de mísseis e desarmamento estabelecidas por Gorbachev.Os novos tratados assinados em 1987 reduziram muito pouco os arsenais das duas potências, mas foram um primeiro passo significativo no sentido de permitir um entendimento maior.Na sequência do desenvolvimento das reformas implementadas por Gorbachev, rufram os governos da Europa Oriental, o Muro de Berlim foi derrubado, as duas Alemanhas se unificaram: em suma, o quadro ideológico existente na Europa Oriental e que justificava a existência da Guerra Fria, deixou de existir.Podemos, portanto, falar que a Guerra Fria terminou. A década de 90 se iniciou com modificações sensíveis, que fizeram com que o conflito Leste X Oeste começasse a se tomar algo do passado.Alguns problemas permanecem ainda sem solução, como por exemplo, o que fazer da OTAN. Ela não é mais necessária, visto que o Pacto de Varsóvia desintegrou-se. A permanência de tropas americanas na Alemanha também tor­nou-se desnecessária. Mas, sobretudo, o que tem preocupado sobremaneira é o destino do arsenal atómico da ex-URSS.
Com a desintegração da União Soviética, ocorre uma disputa entre as novas repúblicas para saber quem ficará de posse desse arsenal. Enquanto isso, correm notícias de que artefatos nucleares têm sido vendidos a diversos países, o que pode aumentar o risco de conflitos, particularmente na região do Oriente Médio, que já é um local bastante conturbado.

domingo, 6 de setembro de 2009

QUADRINHOS NO VESTIBULAR?


Quando nos antecipamos em sala-de-aula afirmando que o longa-metragem baseado nos quadrinhos de Marjane Satrapi, Persépolis, seria essencial para um vestibular, em uma época atribulada com a discussão dos costumes islâmicos. Estávamos prevendo com antecedência as questões a serem discutidas sobre a questão palestina, islâmica e sobre o quadro iraniano.O longa-metragem "Persépolis", baseado nos quadrinhos da iraniana Marjane Satrapi, faz parte da lista de filmes obrigatórios para o vestibular 2010 do curso de direito da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo.O filme faz uma versão animada da biografia da autora, que passou a infância no Irã e a adolescência na Europa. A série de quadrinhos foi lançada no Brasil pela Companhia das Letras, primeiro em quatro volumes, depois encadernada.Clique no 'you tube' de nossa página para ver segmentos da animação.








domingo, 30 de agosto de 2009

TESTE SUA HABILIDADE PARA O ENEM

Nos endereços abaixo relacionados você encontrara provas simuladas para o ENEM. Aproveite e inicie seu ensaio visando a prova que brevemente você realizará:

A revista megazine também aprontou simulados para o ENEM, clique no endereço abaixo:
http://oglobo.globo.com/educacao/vestibular/simulados/
Os simulados do MEC estão atualizados na página do UOL. Clique no site abaixo:
http://vestibular.uol.com.br/simulado/enem-2009/ciencias-da-natureza.jhtm

QUESTÕES SOBRE A SEGUNDA GRANDE GUERRA

1. O fato concreto que desencadeou a Segunda Guerra Mundial foi:

a) a saída dos invasores alemães do território dos Sudetos na Tchecoslováquia.
b) a tomada do "corredor polonês" que desembocava na cidade livre de Dantzig (atual Gdansk) pelos italianos.
c) a invasão da Polônia por tropas nazistas e a ação da Inglaterra e da França em socorro dos seus aliados, declarando guerra ao Terceiro Reich.
d) a efetivação de "Anschluss", que desmembrava a Áustria da Alemanha.
e) a invasão da Petrônia por tropas alemãs, quebrando o Pacto Germânico-Soviético.

2.Ao eclodir a Primeira Guerra Mundial, em 1914, a Alemanha dispunha de um plano militar - o Plano Schlieffen - que tinha como principal objetivo:

a) o ataque naval à Inglaterra.
b) neutralizar os Estados Unidos.
c) a aliança com a Itália e o Japão.
d) agir ofensivamente contra a França e a Rússia.
e) a anexação da Áustria.

3."Esta guerra, de fato, é uma continuação da anterior." (Winston Churchill, em discurso feito no Parlamento em 21 de agosto de 1941).

A afirmativa acima confirma a continuidade latente de problemas não solucionados na Primeira Guerra Mundial que contribuíram para alimentar os antagonismos e levaram à eclosão da Segunda Guerra Mundial. Entre esses problemas identificamos:

a) crescente nacionalismo econômico, aumento da disputa por mercados consumidores e por áreas de investimentos.
b) desenvolvimento do imperialismo chinês na Ásia, com abertura para o Ocidente.
c) os antagonismos austro-ingleses que giraram em torno da questão Alsácia-Lorena.
d) oposição ideológica que fragilizou os vínculos entre os países, enfraquecendo todo tipo de nacionalismo.
e) a divisão da Alemanha que levou a uma política agressiva de expansão marítima.

4."É lógico que os EUA devem fazer o que lhes for possível para ajudar a promover o retorno ao poder econômico normal do mundo, sem o que não pode haver estabilidade política nem garantia de Paz."
(Plano Marshall - 5.VI.1947)

O Plano Marshall se constituiu:

a) na principal meta da política externa norte-americana, que era pacificar o Extremo Oriente.
b) num projeto de ajuda industrial aos países da América Latina.
c) num importante instrumento de expansão do comunismo na Europa.
d) na definição da política externa isolacionista dos EUA, paralela à montagem do complexo industrial militar.
e) num dos meios de penetração dos capitais norte-americanos nas economias européias.

5.Em 24 de outubro próximo passado, chefes de Estados, reunidos em Nova Iorque, comemoraram 50o aniversário da Organização das Nações Unidas - ONU. O que representa esta organização?

a) A organização dos países do Ocidente para o enfrentamento com os países do Oriente.
b) A vitória da Liga das Nações, vigente durante a Primeira e a Segunda Guerras Mundiais.
c) O fim da guerra fria entre o mundo capitalista e o mundo comunista.
d) A descolonização da América e da África e os respectivos engajamentos políticos dos dois continentes.
e) Uma força internacional acima das nações, na defesa da paz mundial, dos direitos do homem e da igualdade dos povos.

6.Na II Guerra Mundial, as bombas atômicas de Hiroshima e Nagazaki foram consideradas crimes de guerras, porque:

a) o conflito já tinha terminado em agosto de 1945 e a resistência japonesa era mínima em Pearl Harbour.
b) as bombas faziam parte de um esquema de testes militares.
c) os E.U.A. queriam impor o seu domínio à Alemanha.
d) os E.U.A. pretendiam deter o avanço dos soviéticos na Ásia.
e) as bombas tinham um único alvo: os japoneses no Pacífico.

7.Sobre fatos antecedentes à Segunda Guerra Mundial, assinale a alternativa incorreta:

a) Os E.U.A. cortaram o envio de ferro, aço, petróleo e borracha e bloquearam capitais japoneses na América do Norte por causa da invasão da Manchúria pelo Japão.
b) Passando por cima das disposições dos tratados do pós-guerra, em 1938, Hitler, com o apoio de fascistas austríacos, ordenou a ocupação da Áustria.
c) Em 1936, um grupo de generais, chefiados por Franco, iniciou uma revolta contra o governo de esquerda, legalmente constituído, na Espanha.
d) A euforia econômica decorrente da valorização da Bolsa de Nova Iorque em 1929 favoreceu a recuperação econômica e a consolidação das democracias na Europa.
e) Em 1939, Stálin conseguiu se aproximar da Alemanha através do Pacto Germano-Soviético, negociado por Ribbentrop e Molotov.

8.O filósofo francês Jean-Paul Sartre, falecido em 1980, foi convocado para servir ao exército ao eclodir a Segunda Guerra Mundial. Ele registrou em um diário:
"(... ) tenho vergonha de confessar, começo a esperar o fim da guerra. Oh, é uma crença imaginária, eu a espero como durante o inverno de 38 esperava o fim da paz, sem acreditar. Mas afinal, estou tão deslocado da guerra como em 38 - 39 estava deslocado da paz."
(J. P. Sartre, DIÁRIO DE UMA GUERRA ESTRANHA)

Destaque os acontecimentos ocorridos antes da ofensiva alemã, que levaram o filósofo, em 38-39, a sentir-se deslocado da paz:

a) A assinatura do Pacto Anti-Kominterm e a realização da Conferência de Potsdam.
b) A formação da Liga das Nações e a invasão da URSS.
c) A Conferência de Munique e o Pacto de Não-Agressão Nazi-Soviético.
d) A Conferência de Yalta e a divisão da Alemanha.
e) O rompimento dos acordos de paz de Brest-Litowsky e a consolidação de duas super potências.

9.Conseqüências imediatas da Segunda Guerra Mundial, exceto:

a) divisão do mundo em dois blocos: socialista e democrático
b) decadência dos regimes totalitários
c) emancipação das colônias africanas
d) reunificação da Alemanha
e) emprego de armas atômicas

10.O término da Primeira Guerra Mundial, em 1918, põe fim às hostilidades militares entre os países em conflito, mas lança as questões que levam à explosão da Segunda Guerra. Na verdade, aquela acelerou as contradições que, não resolvidas pelo Tratado de Versalhes, culminaram na Segunda Guerra Mundial.Sobre esse assunto, afirma-se:

I - Nas origens do primeiro conflito mundial predominaram os problemas europeus, e no segundo foram as questões relacionadas ao Oriente Médio.
II - Tanto a Primeira quanto a Segunda Guerra podem ser definidas como "guerras de redivisão de mercados e colônias, questões internas do sistema imperialista".
III - As várias contradições sociais, econômicas e ideológicas entre as principais potências capitalistas levaram, tanto no período anterior a 1914, quanto no que precede a Segunda Guerra, à corrida armamentista e às guerras localizadas.

Dessas afirmações:

a) apenas I e II estão corretas.
b) apenas I e III estão corretas.
c) apenas II e III estão corretas.
d) todas estão corretas.
e) nenhuma está correta.

QUESTÕES SOBRE A CRISE NO ORIENTE MÉDIO

1.Entre os principais conflitos que afligem o Oriente Médio, o mais tenso é:

a) a guerra entre Iraque e Kuwait, pelas bacias petrolíferas nas fronteiras dos dois países.
b) a guerra do Líbano entre os curdos e os xiitas, por um Estado islâmico.
c) a guerra entre Líbia e Egito, pelo controle do canal de Suez.
d) o conflito Irã-Iraque, devido ao interesse iraquiano em implantar um Estado islâmico no Irã.
e) o conflito árabe-israelense, devido à ocupação de territórios árabes, sobretudo a Palestina, por Israel.

2.Quanto aos conflitos entre árabes e israelenses, podemos dizer que:

I - se aceleram com a partilha da Palestina realizada pela ONU em 1947, que deu origem ao Estado de Israel e de que decorreu a guerra de 1948/49, que terminou com um acordo de cessar fogo em que ficava estabelecida a divisão de Jerusalém e a fixação das fronteiras entre Israel e os países árabes.
II - na década de 1960, os conflitos adquirem maior violência em função do aumento dos atos terroristas palestinos e da aliança militar e política entre Egito, Síria e Jordânia, o que leva ao bloqueio econômico de Israel e dá Início à Guerra dos Sete Dias.
III - na década de 1970, os conflitos determinam a explosão da Guerra do Yom Kippur, em 1973, de que resulta a fixação dos limites territoriais no Oriente Médio e o reconhecimento por parte de Israel, da OLP, comandada por Arafat, como representante legítima dos interesses palestinos.

Assinale a opção que contém a(s) afirmativa(s) correta(s):

a) Apenas I
b) Apenas I e II
c) Apenas II
d) Apenas II e III
e) Apenas III

3.A ocupação e colonização da Faixa de Gaza, Cisjordânia e das Colinas de Golan por Israel sobre seus vizinhos árabes, foi iniciada a partir da:

a) Guerra dos Seis Dias (1967).
b) Guerra do Yom Kippur (1973).
c) Revolução Islâmica (1979).
d) Intifada (1987).
e) Guerra do Golfo (1991).

4.As dificuldades de construção da paz no Oriente Médio estão ligadas a diversos conflitos históricos que marcaram a convivência dos povos da região ao longo do século XX. Assinale a opção que apresenta corretamente um desses conflitos:

a) Na Palestina, a origem do conflito árabe-israelense remonta à Declaração Balfour (1917) que, ao final da Primeira Guerra Mundial, submeteu esse país à administração inglesa comprometida com a criação do Estado de Israel.
b) No Egito, o protetorado francês sobre a monarquia árabe reinante impediu o golpe de estado liderado por Gamal Nasser, reconhecendo a soberania de Israel sobre o canal de Suez (1956).
c) Em Israel, a Guerra dos Seis Dias (1967) acarretou a perda dos territórios da península do Sinai e da faixa de Gaza para a Coligação Árabe, o que agravou os conflitos na região até a devolução desses territórios pelos acordos de Camp David.
d) No Líbano, a guerra civil (1975), que opôs cristãos, palestinos e muçulmanos, encerrou-se com a invasão jordaniana do território libanês e a divisão do norte do país entre a Síria e a Turquia.
e) No Irã, a revolução liderada pelo aiatolá Khomeini (1979) substituiu a dinastia Pahlevi, aliada política e militarmente à União Soviética, por uma República Islâmica fundamentalista.

5.0 fundamentalismo islâmico começa a ser mais comentado como fenômeno político e religioso a partir do final da década de 70 deste século.Identifique a opção que contém os principais eventos que inauguraram tal notoriedade:

a) Invasão do Kuwait pelo Iraque e Guerra do Golfo.
b) Exílio do xá do Irã e proclamação de uma República Islâmica naquele país, sob liderança dos aiatolás.
c) Crise de Suez e intervenção franco-britânica na Zona do Canal.
d) Deposição do rei da Líbia e estabelecimento de um regime islâmico por Muammar Khadafi.
e) Deposição do rei Farouk do Egito e proclamação de uma República Islâmica por Gamal Abdel Nasser.

6.Na origem dos conflitos entre árabes e judeus, podemos destacar:

I - o acelerado aumento da população judaica em áreas até então hab
itadas pelos palestinos, após a Segunda Guerra Mundial.
II - a aprovação da criação de um Estado judeu na Palestina pela Assembléia Geral da ONU, em 1947.
III - a aproximação, promovida pela OLP, entre os palestinos e o partido Likud de Israel.

Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas I e II.
e) I, II e III.

7."Depois de enfrentar problemas financeiros, que repercutiram na situação política interna, as monarquias do Golfo Pérsico se beneficiam de um fluxo extraordinário de divisas, graças ao alto preço do petróleo. (...) em todos esses países, há dois denominadores comuns: Estados ineficientes e perdulários e desemprego alto. O desemprego atinge a geração jovem, do chamado 'baby boom' da alta do petróleo dos anos 70. Os desempregados se escoram no generoso sistema de proteção social, outro traço comum dessas monarquias, que têm como tradição, calcada nos petrodólares, garantir o conforto dos cidadãos do nascimento à morte. (...) Essas regalias, que sempre amorteceram qualquer descontentamento político, tiveram que ser revistas nos últimos anos, por causa do alto custo da Guerra do Golfo, bancado sobretudo pela Arábia Saudita..."
O texto permite estabelecer uma relação de causa e efeito entre:

a) miséria e dívida externa.
b) austeridade e petrodólares.
c) preço do petróleo e estabilidade política.
d) gastos excessivos e baixo preço do petróleo.
e) incompetência administrativa e esgotamento do petróleo.

8.Gamal Abdel Nasser, líder egípcio, governou o país de 1953 a 1970, quando morreu. Ele adotou uma linha política que foi importantíssima para o Oriente Médio. Suas principais características foram:

a) Estado semiliberal, aristocracia agrária, sem nacionalismo acentuado.
b) Estado forte, militarizado, sem nacionalismo acentuado, pan-arabismo.
c) Orientação nacionalista, militarismo, pan-arabismo, alinhamento à esquerda.
d) Orientação nacionalista, intervenção do Estado na economia, neutralismo positivo, pan-arabismo.
e) Neutralismo positivo, pan-arabismo.

9.Um dos grandes conflitos do Oriente Médio tem sido o confronto árabe-israelense, cujas origens remontam ao período que segue à:
a) Segunda Guerra Mundial, quando os países vencedores apoiaram a Liga Árabe a invadir o território de Gaza.
b) Primeira Guerra Mundial, quando a Liga das Nações, pressionada pelos Estados Unidos, dividiu o território Palestino para criar o Estado de Israel.
c) Segunda Guerra Mundial, quando a ONU, através das forças de paz, obrigaram Israel a abandonar o Sinai, garantindo o controle do Canal de Suez ao Egito.
d) Primeira Guerra Mundial, quando a Liga das Nações aprovou a Declaração Balfour, colocando a Palestina sob o governo da Inglaterra.
e) Segunda Guerra Mundial, quando a ONU, retirando suas tropas da região, permitiu a ocupação da colina de Golan e dos territórios da Cisjordânia.

10."Trocaremos Terra por paz"(Yitzhak Rabin)

A questão palestina envolve árabes e judeus em diversos conflitos e antagonismos, cujas origens históricas remontam, dentre outros fatos, à:
a) subordinação do território palestino à tutela do governo britânico, envolvido com a criação de um Estado nacional judeu, expressa na Declaração Balfour (1917).
b) ocupação militar do território palestino pelo Iraque como resultado da Primeira Guerra Árabe-Israelense (1948-49), que desestabilizou politicamente a região.
c) invasão da Península do Sinai, das colinas de Golam e da Palestina pelo Egito, liderada pelo presidente Nasser, durante a Crise do Canal, como de Suez (1956).
d) imposição da autoridade policial da Organização para a Libertação da Palestina sobre os territórios da Cisjordânia e da faixa de Gaza, como resultado do acordo de paz que encerrou a guerra do Yom Kippur (1973).
e) legalização da ocupação militar e administrativa exercida pela Síria sobre o sul do Líbano e a Palestina, reconhecida pelos Estados Unidos nos acordos de Camp David (1979).

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

GRIPES & GRIPES: HISTÓRIA



A ameaça da nova gripe, denominada genericamente por suína, mas conhecidada cientificamente por H1N1, tem trazido à lembrança os esudos pela ocorrência histórica da 'Espanhola' em 1918 que deixou pelo mundo aproximadamente 30 milhões de mortos.Posteriormente a 'Gripe Asiática' nos anos 50 e a de 'Hong Kong' nos anos 60, também produziram milhares de vitimas fatais, assim como recentemente a 'Gripe das Aves'.A ameaça epidêmica se faz sentir de forma mais intensa com a evolução dos transportes e o contato amplo com a globalização econômica.Um estudo de Atila Lamarino, biólogo e doutorando em evolução de HIV-1, pode ser lido e consultado por nossos alunos no site:
http://scienceblogs.com.br/rainha/2009/05/o_que_foi_a_gripe_espanhola_em.phpassim como um estudo nosso sobre o desenvolvimento da gripe espanhola na cidade de Petrópolis:
http://profferreira.sites.uol.com.br/GRIPEESPANHOLAEMPETROPOLIS.htm

DESTINO MANIFESTO: UM ESTUDO PARA O ONTEM E PARA O HOJE

"A conquista da independência alcançada pelos Estados Unidos promoveu um notável processo de crescimento econômico e populacional. Mais do que isso, a vitória contra os antigos laços coloniais foi apenas o primeiro passo para que outras conquistas viessem a ser logo empreendidas por essa mesma população. Nesse contexto, observamos o expressivo alargamento das fronteiras da nação norte-americana rumo ao norte e ao sul de um imenso espaço inexplorado.A primeira das conquistas estabelecidas pelos Estados Unidos aconteceu em 1803, quando o governo negociou a compra da Louisiana junto aos franceses. Pouco tempo depois, no ano de 1819, o governo conseguiu adquirir a Flórida anteriormente controlada pelos espanhóis. Essa mesma política de compra territorial também aconteceu no Alasca – comprado dos russos em 1867, e na conquista do Oregon – região que anteriormente pertencia aos domínios do Império Britânico.No caso de conquista da região do Texas, os Estados Unidos tiveram que empreender uma guerra contra o México. Desde as primeiras décadas do século XIX, colonos norte-americanos se instalavam de forma ilegal ou consentida nos territórios texanos empreendendo formas autônomas de organização de suas áreas de influência. Com o passar do tempo, o não reconhecimento da autoridade política mexicana incitou os colonos daquela área a travarem uma guerra contra os mexicanos.A vitória contra os mexicanos aconteceu paralelamente ao processo de ocupação das terras a oeste. A busca e o controle dessas terras motivaram diversos colonos e imigrantes europeus a tentarem a sorte buscando um pedaço de terra onde poderiam alcançar uma vida mais próspera. É importante ressaltar que nessa corrida, um violento conflito contra as populações indígenas promoveu, décadas mais tarde, as famosas histórias que marcaram os filmes de faroeste.Contudo, mesmo sendo marcada pela violência e pelas guerras, a expansão dos Estados Unidos até o extremo oeste recebeu uma significativa justificação ideológica, a doutrina do Destino Manifesto, que colocou os colonos norte-americanos como divinamente destinados a promover a conquista dessas novas terras. A ambição e o interesse econômico ganharam um arrebatador apelo religioso que legitimava os conflitos e massacres que marcaram esse episódio na história norte-americana.Todas essas conquistas territoriais foram de fundamental importância para que os Estados Unidos acelerassem o seu processo de desenvolvimento agrícola e industrial. No setor agrário, o país conseguiu ampliar sua produção de trigo, milho e algodão. Além disso, a criação de ovinos, suínos e bovinos significou outra frente de fortalecimento da pecuária estadunidense. Na indústria, o crescimento dos mercados consumidores e o investimento em infra-estrutura dinamizaram a economia nacional. Os ganhos alcançados por meio de tantas conquistas foram a prova fundamental que comprovava a doutrina do Destino Manifesto. Com isso, essa sociedade mobilizada em torno do objetivo de conquistar terras construiu uma auto-imagem de uma nação eleita por Deus para civilizar novas terras e prosperar economicamente. Dessa forma, estavam estabelecidas as condições e o sentimento que transformaram as antigas Treze Colônias em uma grande potência mundial."

Por Rainer Sousa em Brasil Escola

Um artigo no jornal Le Monde diplomatique, retorna a discussão a respeito da presença da teoria do 'destino manifesto' nas invasões norte-americanas. O texto de Maurice Lemoine, é essencial para os alunos que estudam o complexo das manifestações territoriais norte-americanas sobre as áreas americanas e internacionais, incluindi a 'politica do big stick' e a da 'boa visinhança de Roosevelt'.

Clique para ler este artigo fabuloso ***

domingo, 9 de agosto de 2009

RECOMENDAÇÕES BÁSICAS SOBRE A NOVA GRIPE

Nos últimos dias, foi conhecida a rápida extensão do vírus da gripe suína, uma doença que tem afectado sobretudo o México, e da qual também foram detectados possíveis casos, ainda por confirmar pelas autoridades sanitárias, em Espanha ou nos EUA.O contágio desta doença é feito através da saliva, ao falar, tossir ou espirrar, e pelo contacto das mãos com objectos contaminados que se aproximem posteriormente de qualquer mucosa (olhos, nariz, boca ou ouvidos). Para os casos afectados, o tratamento é o mesmo que a medicação habitual utilizada na gripe comum e a medicação específica anti-retroviral, que só pode ser utilizada sob prescrição médica.Os especialistas sanitários referem os seguintes sintomas:
Tosse e dificuldade em respirar
Espirros e secreção nasal
Febre alta, superior a 38 ºC
Dor de cabeça
Dores musculares e cansaço generalizado
Alterações gastrointestinais A Unidade de Saúde e Prevenção da Divisão de Recursos Humanos transmite aos seus empregados, através do Santander Hoje, quatro recomendações básicas para aqueles que tenham viajado nos últimos dias para zonas afectadas pelo vírus.
Se forem detectados sintomas similares aos da gripe comum, deverá contactar o número de telefone de emergência reservado em cada país para esta contingência e dirigir-se aos centros médicos de referência.
Caso exista um centro médico na empresa, deverá comunicar o facto para sua identificação e acompanhamento.
Cumpra ao máximo as medidas de protecção pessoal e ambiental, detalhadas anteriormente.
Recomenda-se especialmente o uso de máscaras durante os dez dias posteriores ao regresso da viagem. Como prevenir a transmissão da gripe suína?Qualquer pessoa que apresente os sistemas da gripe suína pode evitar a sua transmissão no ambiente familiar e laboral através de algumas medidas simples:
Tapar a boca ao tossir ou espirrar, evitando assim a dispersão do vírus no ambiente.
Lavar as mãos com frequência, evitando tocar nos olhos, no nariz ou na boca.
Cuidar da higiene pessoal, evitando partilhar com outras pessoas copos, pratos e utensílios de higiene, e qualquer outro objecto que possa ter estado em contacto com saliva e mucosas.
Modificar os hábitos sociais de saudação: apertos de mão, abraços, beijos.
Devem ser fomentados os meios de comunicação à distância: telefone, videoconferência, etc.
Evitar ambientes fechados, aglomerados e lugares muito cheios.
No cenário familiar, o isolamento voluntário ou as medidas de protecção (máscaras) evitarão o contágio.
Política de viagens para países afectados pelo vírusAlém disso, é necessária uma atenção especial ao viajar para determinados países nos quais tenham sido detectados casos de gripe suína. Em primeiro lugar, recomenda-se adiar as viagens para países com declaração de epidemia e limitar os destinos para países de risco.Aquelas pessoas cuja viagem seja imprescindível devem contactar os serviços de saúde, onde receberão instruções concretas e onde serão indicados meios de protecção específicos, se necessário.Por último, as pessoas que regressarem de zonas de risco devem contactar imediatamente os Serviços Médicos para sua identificação e controlo. Serão dotados de meios de protecção suficientes para o seu cenário familiar e laboral.

NOVO ENEM

Visite a página do ENEM no INEP e observe atentamente as questões-modelo do novo enem:
http://www.enem.inep.gov.br/
Procure solucionar, caso tenha dúvidas no retorno às aulas discutiremos as especificas de nossa área.
Abraços,
Ferreira.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

O NOVO ENEM POR UM ENTREVISTADO

A UOL Educação entrevistou o prof. Marcello Sarraino Fonseca sobre as mudanças para o novo modelo do ENEM quanto as Humanas:

História
Para o professor de história do ensino médio do colégio Sion, Marcello Sarraino Fonseca, a aposta principal no Enem são grandes temas, como direitos humanos, escravidão e liberdade, igualdade e desigualdade. Dentro desses assuntos, será possível abordar conteúdos da história e suas relações com o presente. Daí a necessidade de estar bem informado."O Enem poderá fazer questões que comparem a situação do passado com o presente. Uma possível questão seria sobre a crise atual e suas relações com a crise de 1929", afirma Fonseca.O conhecimento do mundo contemporâneo, para o professor, é fundamental. Confira alguns temas que o professor avalia importantes na hora de revisar o conteúdo:História do Brasil - ênfase no Brasil independente, principalmente no Brasil República, no . Conceitos como oligarquias, ditadura e democracia fazem parte deste período.História geral - mundo moderno e contemporâneo, a partir da Revolução Francesa. Questões sobre a política, a economia, o modelo liberal, os fascismos, as guerras podem ser estudados neste período.Temas que podem ser listados como candidatos a questões são:- guerras;- crise econômica;- gripe suína e os paralelos com a peste negra e com a gripe espanhola;- a questão nuclear e a Guerra Fria;- a questão do negro na sociedade brasileira;- o trabalho escravo;- desigualdades sociais e a constituição da realidade contemporânea brasileira."Temos de pensar o que o elaborador das questões quer. E o Enem quer um estudante crítico. Para isso, uma forma é a comparação com a atualidade", avalia. Por isso, o professor julga que temáticas como a Idade Média ou da monarquia brasileira devam aparecer com menor frequência na prova do MEC (Ministério da Educação).Já a república romana e a democracia ateniense podem ser abordadas em itens que exijam a correlação com o mundo contemporâneo.Se você está preocupado porque não consegue se lembrar de datas e nomes da história, relaxe. A "decoreba" não deverá ser cobrada. "O que importa na prova não é tanto o conhecimento desses dados, mas a interpretação do enunciado e das questões", diz Fonseca.

sábado, 11 de julho de 2009

LEITURA INDICADA PARA OS 3os DO ENSINO MÉDIO



A mestra Maria Yedda Linhares produziu um ensaio que tornou-se o maior referencial de leitura sobre descolonização destinado não somente aos estudantes de Ensino Médio como dos cursos de graduação, principalmente de Licenciatura, nas Universidades.

Publicado pela Brasiliense em 1981, não mais foi editado, o que forçou inúmeros estudantes a utilizar o recurso da 'xerox' para seus estudos.

Pela imensa dificuldade em obter o precioso livro, mas mantendo-se fiel ao trabalho da professora disponibilizamos para nossa tradicional leitura de férias visando nosso trabalho educacional no terceiro bimestre.

A Luta Contra a Metrópole

quinta-feira, 11 de junho de 2009

QUESTÕES PARA O SEGUNDO NOTURNO



COMO PROMETIDO ESTOU POSTANDO ALGUMAS QUESTÕES SOBRE A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL PARA AVALIAÇÃO E ESTUDO DOS ALUNOS

1. FUVEST
"O fato relevante do período entre 1790 e 1830 é a formação da classe operária".
"Os vinte e cinco anos após 1795 podem ser considerados como os anos da contra-revolução".
[Durante esse período] "o povo foi submetido, simultaneamente, à intensificação de duas formas intoleráveis de relação: a exploração econômica e a opressão política."
Essas frases, extraídas de A FORMAÇÃO DA CLASSE OPERÁRIA INGLESA do historiador E. P. Thompson, relacionam-se ao quadro histórico decisivo na formação do mundo contemporâneo, no qual se situam
a) a revolução comercial e a reforma protestante.
b) o feudalismo e o liberalismo.
c) a revolução industrial e a revolução francesa.
d) o capitalismo e a contra-reforma.
e) o socialismo e a revolução russa.
2.FUVEST
Sobre a inovação tecnológica no sistema fabril na Inglaterra do século XVIII, é correto afirmar que ela:
a) foi adotada não somente para promover maior eficácia da produção, como também para realizar a dominação capitalista, na medida que as máquinas submeteram os trabalhadores a formas autoritárias de disciplina e a uma determinada hierarquia.
b) ocorreu graças ao investimento em pesquisa tecnológica de ponta, feito pelos industriais que participaram da Revolução Industrial.
c) nasceu do apoio dado pelo Estado à pesquisa nas universidades.
d) deu-se dentro das fábricas, cujos proprietários estimulavam os operários a desenvolver novas tecnologias.
e) foi única e exclusivamente o produto da genialidade de algumas gerações de inventores, tendo sido adotada pelos industriais que estavam interessados em aumentar a produção e, por conseguinte, os lucros.
3. UNITAU
O capitalismo, com base na transformação técnica, atinge seu processo específico de produção, caracterizado pela produção em larga escala, onde há uma radical separação entre o trabalho e o capital. Esta afirmativa está tratando:
a) da separação entre capitalismo e socialismo.
b) da Revolução Industrial.
c) do advento do Mercantilismo.
d) da Revolução comunista na Rússia.
e) do plano Marshall após a Segunda Guerra Mundial.
4. FUVEST
Identifique, entre as afirmativas a seguir, a que se refere a conseqüências da Revolução Industrial:
a) redução do processo de urbanização, aumento da população dos campos e sensível êxodo urbano.
b) maior divisão técnica do trabalho, utilização constante de máquinas e afirmação do capitalismo como modo de produção dominante.
c) declínio do proletariado como classe na nova estrutura social, valorização das corporações e manufaturas.
d) formação, nos grandes centros de produção, das associações de operários denominadas "trade unions", que promoveram a conciliação entre patrões e empregados.
e) manutenção da estrutura das grandes propriedades, com as terras comunais, e da garantia plena dos direitos dos arrendatários agrícolas.
5. PUCCAMP
Dentre as conseqüências sociais forjadas pela Revolução Industrial pode-se mencionar:
a) o desenvolvimento de uma camada social de trabalhadores, que destituídos dos meios de produção, passaram a sobreviver apenas da venda de sua força de trabalho.
b) a melhoria das condições de habitação e sobrevivência para o operariado, proporcionada pelo surto de desenvolvimento econômico.
c) a ascensão social dos artesãos que reuniram seus capitais e suas ferramentas em oficinas ou domicílios rurais dispersos, aumentando os núcleos domésticos de produção.
d) a criação do Banco da Inglaterra, com o objetivo de financiar a monarquia e ser também, uma instituição geradora de empregos.
e) o desenvolvimento de indústrias petroquímicas favorecendo a organização do mercado de trabalho, de maneira a assegurar emprego a todos os assalariados.
6. PUCCAMP
"...o produto da atividade humana é separado de seu produtor e açambarcado por uma minoria: a substância humana é absorvida pelas coisas produzidas, em lugar de pertencer ao homem..."
A partir do texto pode-se afirmar que a Revolução Industrial
a) produziu a hegemonia do capitalista na produção social.
b) tornou a manufatura uma alternativa para o artesanato.
c) introduziu métodos manuais de trabalho na produção.
d) tornou o homem mais importante que a máquina.
e) valorizou o produtor autônomo.
7. UFMG
Todas as alternativas apresentam mudanças que caracterizam a Revolução Industrial na Inglaterra do século XIX, EXCETO:
a) A aplicação sistemática e generalizada do moderno conhecimento científico ao processo de produção para o mercado.
b) A consolidação de novas classes sociais e ocupacionais, determinada pela propriedade de novos fatores de produção.
c) A especialização da atividade econômica, dirigida para a produção e para o consumo paroquial e familiar.
d) A expansão e despersonalização da unidade típica de produção, até então baseada principalmente nas corporações de ofício.
e) O redirecionamento da força de trabalho das atividades relacionadas à produção de bens primários para a de bens manufaturados e serviços.
8. MACKENZIE
Dentre as transformações decorrentes da Primeira Revolução Industrial destacam-se:
a) industrialização, melhoria das condições de vida e redução da jornada de trabalho.
b) divisão do trabalho, obtenção do pleno emprego e conquistas sociais.
c) urbanização, extraordinário crescimento da população e acirramento da luta de classes.
d) produção em larga escala, aumento de salários e diminuição das diferenças sociais.
e) organização de sindicatos, criação das leis trabalhistas e diminuição do desemprego.

9. UFV
Assinale a alternativa que NÃO expressa corretamente o fato histórico a que ela se refere:
a) A maquinaria industrial teve como princípio inicial a reunião de cinco instrumentos simples: a alavanca, o parafuso, a polia, o torno e a cunha.
b) O ponto de partida na manufatura foi a força de trabalho.
c) O ponto de partida na grande indústria foi o meio de trabalho.
d) A revolução econômica perpetrada pela burguesia criou as condições para o desenvolvimento da Revolução Industrial.
e) A máquina a vapor, por si só, criou a Revolução Industrial.
10, PUCSP
Para o processo de industrialização na Inglaterra do século XVIII, foi decisivo (a)
a) a relação colonial, mantida com a Índia e a América do Norte, que possibilitou um grande acúmulo de recursos financeiros.
b) o estímulo ao desenvolvimento inglês, promovido pela concorrência tecnológica com os americanos.
c) a união dos interesses nacionais em torno de um esforço de desenvolvimento, logo após a expulsão das tropas napoleônicas do território inglês.
d) o incentivo à inovação tecnológica como resultado da ação dos ludistas que destruíram as máquinas consideradas obsoletas.
e) o acordo comercial conhecido por Tratado de Methuen, que estabeleceu a abertura de mercados alemães.

GABARITO

1.C
2.A
3.B
4.B
5.A
6.A
7.C
8.C
9.E
10.A